Quem é o papai?

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Um cara simples!

quarta-feira, maio 09, 2007

A criação da Droga Virtual.

Acontece que existia um cara, chamado Rodrigo Felipe, carinhosamente apelidado de Macarrão no seu tempo de faculdade, cursou Engenharia de Materiais, sabe por que ele escolheu esse curso? Seu pai tinha feito engenharia, ele nem sabia qual exatamente, seu pai havia falecido há muito tempo, ele era criança ainda, mas não foi só isso, ele tinha que fazer uma facu grátis, federal ou estadual, não tinha recursos, então a de Materiais era a menos concorrida, 8,9 por vaga. Prestou em várias U alguma coisa, até fora do Estado, mas acabou passando no interior de São Paulo mesmo. Primeiro ano odiou a facu, as matérias e principalmente a cidade. No sétimo ano se formou chorando por que ia embora da melhor fase de sua vida. Ali ele deixou de ser criança, virou homem, perdido ainda, sem saber pra onde correr, onde iria trabalhar, nem se imaginava trabalhando na sua área, se formou sem entender picaras sobre nenhum assunto, estudava só pra passar nas provas, dentre inumeras quase desistencias acabou formado Engenheiro. E agora? Procurou trampo, continuava naquela transição entre faculdade e vida independente. Achou uma oportunidade na área de Marketing, sabia que não tinha nada a ver com o que "estudou" por 7 anos, mas no fundo sentia que podia dar certo, e foi dando, foi crescendo, profissinalmente e pessoalmente, ganhando notoriedade dentro do seu meio profissional, e se destacando no que agora era o que ele entendia como profissão.
Nessa situação toda ele se viu mexendo muito em computadores, na marra foi aprendendo e sacando do negócio, o lap top era sua companhia mais fiel. E entre demandas de trabalho e momentos de lazer no MSN, Orkut, Jacaré Banguela, Chongas, e sites de pornografia, estava ele mexendo no Paint, tinha tido uma idéia sobre um símbolo que surgiu em sua mente em um sonho, algo meio obscuro pra ele ainda, mas já considerava o fato de que se esse desenho ficasse legal, de seu agrado, iria fazer uma tatoo em suas costas. Entre vários riscos, erros, fechar e reabrir o programa, desenhar meio sem jeito, no meio desta arte contemporânea que ele estava criando sem querer, surgiu uma imagem, com cores fortes, riscos assimétricos, sem forma alguma, pelo menos uma forma não conhecida por ele. Salvou o desenho, estava cansado e foi dormir. No meio da noite acordou e algo o chamava ao seu micro, ligou-o e abriu o desenho, pensou: "Não dá pra eu fazer essa merda nas minhas costas." Continuou olhando a figura por uns dez minutos, ficou semi hipnotizado, quase entrou em alfa, quando desviou o olhar pra TV, que estava desligada começou a ter uma brisa, que o fez lembrar da primeira vez que tinha fumado maconha no seu segundo ano de facu, a sensação foi ficando mais intensa, ligou a TV pra desbaratinar, e a viagem só foi aumentando, chegou um momento ele tava legal, brisado e curtindo, ria muito do Jô Soares entrevistando um Ministro que ele nem sabia quem era, o unico ministro que ele conhecia era o Enéas. (Abro esse parenteses pra deixar bem claro que eu sei que o Enéas não era Ministro, mas o Macarrão não). Ele foi ficando calmo, quando viu já tava envolvido no filme do Inter Cine, chorou quando o cachorrinho da filha da visinha do protagonista foi atropelada por bandidos que fugiam de um assalto a banco, começou a lembrar de seus dois cachorros que ele teve que se desfazer durante sua vida nômade, foi atras de fotos antigas, viu seus 8 albuns de cabo a rabo, não satisfeito abriu sua pasta de fotos no computador e viu todas as fotos que lá estavam, duas vezes, quando lembrou do filme já estava no Corujão. O sono bateu e foi dormir, afinal o trabalho o chamava as 8 da manhã no dia seguinte. Antes de entrar em sono profundo ainda pensou, há 3 anos atras eu tava com medo de não ser ninguem, quero que minha familia se orgulhe de mim... zzzzz
Acordou no dia seguinte com aquilo que havia acontecido na noite anterior, o que foi aquela viagem? Sem respostas não via a hora de voltar pra casa e estudar seu desenho novamente. Chegou umas 7 da noite comeu algo, e foi de encontro ao seu desenho, fez o mesmo ritual da madrugada anterior, bastaram 10 minutos novamente, brisa, brisa maior, viagem de maconha, risos descontrolados, fotos, de novo? Desencanou das fotos, bateu fome, ele tinha acabado de comer, comeu de novo. Pronto, tava provado que a figura era a causadora das viagens, e foi essa viagem que dominou sua noite.
Resumindo, viciou no desenho, sem entender, e com medo de virar a comédia, nunca comentou com ninguém, depois de algumas semanas, resolveu fazer uma experiência, mandou o desenho para alguns amigos que eram frequentadores da República Tribo, altas noites regadas a MC Donald´s, charutos bem munidos de ervas daninhas, e um cachorro mais maconheiro que todos os moradores somados, o cachorro girava na roda na mesma proporção que o beque, com quem estivésse o bagulho era onde o Zumbi tava deitado com a cara entre as pernas do fumante, esperando uma sopradinha no fucinho. No corpo do e-mail ele não explicava nada sobre sua experiência, só escrevia o seguinte, que era pra cada um deles olhar fixamente pro desenho por 10 minutos e depois lhe mandar um e-mail em particular dizendo o que haviam sentido. Chegou a ligar para alguns e pedir pessoalemnte que fizesse o ritual citado acima. As respostas foram idênticas, todos tiveram a mesma sensação de se fumar maconha, até os que já haviam largado dela há anos. Mais uma prova de que aquilo era muito estranho, não era só com ele que rolava, já tinha um espaço amostral bem variado.
Resolveu então, depois de um certo tempo, criar um site com seu desenho, no site não havia nada escrito, nenhum link, somente o desenho. Começou a divulga-lo, sem dizer que o desenho e o site eram seus. E foi controlando o numero de visitas diárias, o gráfico era de um crescimento invejável até pra Bolsa de Valores de SP. Em dois meses já eram mais de 2000 visitas por dia, e crescendo... Chegou a um ponto que ele foi procurado por uma empresa que usa a internet para fazer a propaganda de seus produtos, ouviu uma oferta pelo site, e outra somente pra anunciar sua marca. A segunda foi aceita. Logo apareceram outras, o acesso ao site só fazia crescer, um gráfico por horas mostrava que o maior numero de visitas era a partir das 8 da noite. Neguinho tava viajando e curtindo muito... E o melhor, de graça, sem precisar sair de casa pra buscar drogas nas bocas, virou febre, o site já não suportava mais, e quando saia do ar por inumeros motivos era uma avalanche de reclamações, sua caixa de e-mail lotava em tres minutos. Pulando um pouco a frente no tempo, o site foi citado no Jornal Nacional, depois no Fantástico, materias importantes e sempre tendenciando a reprovação, a polícia entrou na jogada e indiciou o Macarrão, mas não havia lei para acusa-lo de qualquer coisa, foi solto, alguns o repudiavam, outros o idolatravam e a essa altura, já nem trabalhava mais na empresa de Marketing, ganhava muito dinheiro com seu site. Passado quase um ano, várias vezes seu site tinha sido tirado do ar pelo precedente Cicarelli, a justiça mandava tirar, entrava-se com um recurso e ele voltava ao ar, pra delirio dos netdependentes, como eram chamados pela globo os visitantes do site. Diante de tudo isso ele resolveu vender seu polêmico site, e dentre todas as propostas decidiu pela que pagava mais, 15 milhões de dólares foi o valor pago. Macarrão se afastou, passou um tempo fora do pais, abriu outro negócio, Marketing é claro. O site continuou no ar e a polêmica a tona. Depois de muitos meses a justiça conseguiu vetar o site oficial, no mesmo momento foram abertos mais de 500 blogs, fotologs e sites com o mesmo desenho, não se ia conseguir frear mais esse fenômeno. O tráfico praticamente quebrou, a violência caiu em numeros absurdos e animadores nas grandes cidades, os morros cariocas perdiam bom numero de moradores a cada mes que se passava, uma pessoa atingida por bala perdida voltou a ser recebida pela população com espanto. E mesmo com os políticos e a justiça tentando vetar, sem sucesso, o desenho mágico do Macarrão, o resultado foi maravilhoso, o Macarrão foi responsável, sem a menor consciencia do que tava fazendo, pelo maior fenômeno que houve na rede mundial de relacionamentos e na sociedade do planeta inteiro. Os indices de criminalidade só não despencaram de maneira estrondosa nos paises onde a droga era legalizada, pois essa atitude já trazia resultados impactantes. Se as drogas fossem legalizadas, pagaria-se impostos e seria bem controlada pelo poder de cada país, mas um desenho, apenas uma figura sem crédito fez o trabalho que sonhávamos há décadas. O Macarrão hoje tem um Audi, um restaurante na praia, sua empresa tem rendimento de U$ 50 milhões por ano e ele comprou uma fazenda no interior do Goiás, uma casa em Maresias e um apartamento na Suiça. Casou-se com uma guria que nunca pos um cigarro na boca, e estão esperando seu primeiro filho, o Miojo, posteriormente registrado no cartório como Leonardo Azevedo Paint, Azevedo vem do Macarrão, e Paint da Droga Virtual.
Ah! Eles tem um cachorro que se chama Zumbi.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Oi Ti!!! Tudo bem por aí? Espero q esteja tudo ótimo!!! Saudadeeeesss!!! =)
Bjão!!!
Vivian

16 de agosto de 2007 às 13:14  

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