A Guerra do Golfo!
Era uma vez...
Hoje contarei uma história real, diferentemente do q ando postando aqui, pensamentos e espécies de crônicas q na verdade mais são histórias criadas e vividas e na minha opinião relativamente engraçadas. Por mais absurda q pareça esta história é realmente real.
Aconteceu em 1989, eu tinha dez anos e meu pai se alistou como voluntário na cruz vermelha para a Guerra do Golfo, não sei exatamente o pq dele ter feito isso mas me lembro de q fez questão de me levar junto. Entre fotos e documentos conta-se essa história fabulosa de um dia de nossa rotina no Golfo Pérsico. Meu pai e eu tínhamos uma missão, ir a um acampamento dos aliados do outro lado do deserto, mas no meio da viagem avistamos um homem e seu camelo feridos na areia, o camelo havia pisado em uma mina, a explosão já tinha ocorrido a um certo tempo, então a visão q tivemos no momento foi de muito sangue, gritos de dor e calor, muito calor. Mas a missão não podia ser cancelada, então resolveram q eu deveria ficar, e com meus conhecimentos em primeiros socorros, tentar salvar aquela pobre alma q certamente não tinha nada a ver com a Guerra, no auge dos meus dez anos eu tinha a responsabilidade de uma vida em minhas mãos, lembro de prometerem q na volta viriam me buscar e de ver o caminhão partindo e sumindo no meio da areia... O quadro era o seguinte, o camelo estava morto e o pobre homem com a perna esquerda amputada por causa da explosão, eu de pé com uma malinha de primeiros socorros e muito sangue sendo perdido pelo infeliz. Não parei pra pensar, tinha q estancar aquele sangue, mas como? Foi então q me veio a idéia q acabou o salvando, cortei uma das patas do camelo, lembro q fui racional e cortei uma pata esquerda tb e sem nenhuma noção médica mas com muita vontade de salvar aquela vida, implantei a perna do camelo naquele homem, dei os pontos necessários, e pra isso eu tinha sido treinado, e o homem foi parando de sangrar, até q estancou de vez, então procedi do modo padrão da cruz vermelha, cuidei do rapaz e esperei o caminhão voltar, naquela angústia q eu tava o tempo passou como uma flecha, qdo dei por mim estávamos em nosso acampamento, o homem salvo mas com uma perna de camelo em uma maca, sendo cuidado por profissionais. Qdo ele retomou a consciência me chamou até o quarto e me agradeceu, lembro q disse q sempre seria grato a mim e sempre manteríamos contato, pois ele me considerava como seu salvador, eu fiquei feliz pelo meu feito, até hj qdo me lembro sinto um bem estar q só salvando uma vida alguem sentirá.
Mesmo assim perdemos contato, mas a alguns anos atras recebi um e-mail dele, q traduzindo era assim:
“Caro Tiago, te escrevo para dizer que estou bem, você fez muito mais do que imagina por mim, além de salvar minha vida naquele deserto, hoje trabalho e sou famoso, sou o garoto propaganda de uma marca de cigarros famosa. Obrigado e saiba que serei grato pra sempre, em anexo vai uma foto atual minha. Alá esteja contigo.”
Sei q essa história deixa dúvidas pra quem a lê.
Como q aceitaram um moleque de dez anos na Cruz Vermelha no meio de uma Guerra tão grande e sangrenta?
Eles tinham uma divisão especializada em salvamentos chamados fantasmas (fantasmas pq eram detectados mais dificilmente pelos radares da época), essa divisão era formada por soldados anões voluntários, mas qdo meu pai se alistou eles tinham tido uma grande baixa nessa divisão por causa de uma tocaia iraniana. Por isso acharam válido levarem crianças de nove a onze anos.
Como q um cara q teve somente a perna de um camelo implantada se tornou aquele famoso garoto propaganda de uma marca de cigarro?
Não sei, só sei que foi assim...
1 Comments:
Ai Tiago, só vc mesmo...
Rsrsrsrs...
Bjooo,
Dé =^;^=.
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